Graduanda
A região que cercava a igreja não tinha nada a apresentar além de barro, lama e grandes poças de água que acabava por “destruir” a bela aparência da igreja. Mas, diz-se que a construção dela trouxe sorte ao lugar, porque o lugar que antes era afastado da cidade e sem moradores, passou a crescer e se tornar uma região mais habitada, necessitando de obras públicas e até mesmo uma reforma na Igreja, a primeira, em 1840, para que pudesse acomodar a quantidade de fiéis que vinha aumentando.
A irmandade de Nossa Senhora da Consolação imprimiu uma nova importância a igreja. Um de seus objetivos era o de “amparar os morféticos que em grande número vagam pela Província.” Outras doenças, porém, exigiram os cuidados e a pronta resposta da Irmandade. Como no caso da epidemia de cólera morbus que atingiu São Paulo em 1855. O surto foi tão grave que no pátio da igreja montou-se uma enfermaria com 30 leitos. O reconhecimento das iniciativas da Irmandade (que tinha participação de Barão de Tietê, José Manuel da Silva) veio em forma de prédio doado pela Santa Casa de Misericórdia, concedendo à entidade o privilégio de tratar dos doentes acometidos do mal de Hansen (Hanseníase). No altar mór, havia uma pequena imagem portuguesa de Nossa Senhora da Consolação, esculpida em madeira e papel machê. “De pé sobre uma esfera estrelada apresenta na mão direita um cetro e tem no peito o Divino Espírito Santo. Possui sinais, nas orelhas, de ter usado brincos, o que reforça sua origem portuguesa” (Catálogo do Museu de Arte Sacra de São Paulo). Com uma população de 3.577 habitantes, “sendo 342 escravos e 8 eleitores” e afluência cada vez maior de devotos que corriam em busca das graças de Nossa Senhora da Consolação, a igreja foi