Graduado
Frieiro, Eduardo, 1981, O Diabo na Livraria do Cônego
Eduardo Frieiro em sua obra o Diabo na livraria do Cônego, discorre sobre os livros encontrados na residência do cônego Luís Vieira da Silva, Possivelmente o mais eloquente e instruído dentre os Conjurados mineiros, Durante o escrutínio que o mesmo sofreu. Tentando construir na medida do possível o perfil do referido cônego.
Segundo Frieiro os mais Completos dados sobre a vida de Luis Vieira, estão na obra do também Cônego Raimundo Trindade, nomeada Arquidiocese de Mariana, onde se lê que Luís Vieira da Silva, nasceu no arraial da Soledade em 20 de fevereiro de 1735, tendo entrado no seminário aos quinze anos. Ainda segundo Raimundo Trindade o cônego teria sido acusado de simonia, porem foi considerado inocente, o que leva Eduardo Freire a conclusão de que o cônego não possuía uma virtude inatacável.
Após essa resumida biografia, o autor faz uma cuidadosa analise das obras existentes na biblioteca do cônego, com base na lista de bens proveniente do escrutínio. Tentando elucidar questões referentes Luiz Vieira, tais como sua personalidade e pontos de vista entre outros aspectos do Cônego. Foram encontrados livros de várias áreas do conhecimento, desde dicionários de vários idiomas, até um “manual” militar, passando por obras sobre medicina, Poesia, Historia, Geografia é livros de pensadores na maioria franceses tidos como subversivos.
“O homem era curioso de tudo, e de tudo havia um pouco entre seus livros” (Frieiro, Eduardo,1981, Pag 37)
Na obra O Diabo na Livraria do Cônego a maior conclusão que se pode chegar e que muito pouco se sabe sobre Luís Vieira da Silva, é esse pouco só pôde ser averiguado com base nos livros e pertences que o mesmo possuía, na verdade em um documento que os listava, vemos aqui a importância de tais tipos de documentos redigidos (ou provenientes) no período histórico estudado (documentos primários), que não devem ser vistos como a verdade