Graduada

Respeito e concordo com muitas das opiniões expressas aqui. Devemos, sim, melhorar muito as condições de vida de nossa população, devemos ter a melhora da educação e da saúde como prioridades, em relação a qualquer status internacional. Concordo plenamente. No entanto, você pergunta o porquê de nosso país almejar em aSSento permanente no ConSelho de Segurança da ONU. Qual seria a vantagem disso? Ocupando a vaga de membro permanente, estaremos mais presentes junto à comunidade internacional e seremos uma voz ativa nas grandes decisões mundiais. Na História da humanidade, as decisões tomadas baseadas nas forças dos países sempre foram mais impactantes. Se temos uma cultura influenciada pelas idéias clássicas, é porque os Impérios Macedônico e Romano decidiram conquistar o mundo conhecido. Se a ordem mundial não é ditada por um país de superioridade étnica (ariana), é porque países poderosos se aliaram para combater o nazismo no século XX. Estar no centro das decisões nos permite gozar das premissas de quem decide o rumo da História. E o que isso implica para nossas vidas, na prática? Uma vez estando nas cabeças do mundo, nós teremos poder para tomar (e proibir) grandes decisões. Se decidirem um dia invadir a Venezuela e desestabilizar nossa região e economia, teremos de ser consultados. Se os ilícitos transacionais aumentarem de vulto, teremos poder para combatê-los, com amplo apoio internacional. Se um dia imaginarem em fazer alguma sanção ao nosso país, sob pretexto de não "cuidarmos" dos índios ou das florestas, dificilmente conseguirão. É óbvio que a diplomacia não é ciência exata, e as regras por vezes são quebradas - vide o caso da invasão americana do Iraque, em dissonância do pensamento do conselho. Vide o caso de Israel, que tem influência decisiva no Meio Oriente, mesmo não sendo membro permanente. Mas ao ocupar um assento permanente, estaremos assumindo a responsabilidade perante o mundo - lembre-se que a ONU é o maior organismo internacional que existe,