graduada
Este trabalho teve como objetivo analisar a história do filme “O Contador de Histórias”, fato verídico, cuja direção apresentou com grande finalidade os aspectos visuais, musicais e cenas detalhadas do início dos anos 70. Inclusive compondo a própria narração do filme com a voz de Roberto Carlos Ramos,o personagem central da história.
A história do filme retrata o menino Roberto Carlos Ramos, aos seis anos internado por sua mãe em uma instituição de menores carentes. Posteriormente, apresenta o garoto aos 13 anos vivenciando o diagnóstico de irrecuperável com várias fugas da FEBEM. Porém, seria o encontro com uma pedagoga francesa Magherit Duvas que transformaria para sempre o menino, possibilitando à condição de menino reconhecido como delinqüente para um professor e contador de histórias.
O filme contextualizado, assim, na época da Ditadura retrataria a meta do Estado com a criação da FEBEM que significaria propiciar às crianças e jovens cuidados, proteção, tornando-os dignos cidadãos no futuro frente às condições de miséria de grande parte da população de classes mais populares.
Se por um lado, tal Instituição apresentava à população mais carente e ao restante da sociedade a verdade incontestável de promover medidas preventivas socioeducativas, de outro mascarava o sentido subjacente, ou seja, o problema do menor na Ditadura transformava-se em questão de segurança nacional, por serem considerados possíveis inimigos da pátria devido ao sentimento de revolta.
Assim, visualizando condições melhores de vida ao filho caçula por intermédio da mídia, tendo em vista também o sofrimento vivenciado pelos outros filhos, a mãe de Roberto, como outras na mesma condição, se mobiliza no seu grandioso ato amoroso e o leva à Instituição. Nesse sentido, a psicologia desde muito tempo tem se dedicado a compreender o poder da linguagem veiculado nos grandes meios de comunicação de massa interferindo na subjetividade do