GRADUADA
Em uma época em que as Ciências do Esporte aportam, cada vez mais decisivamente, elementos para a melhora do desempenho dos praticantes de esportes de alto rendimento, em particular, e de atividades físicas em geral, ganham importância discussões acerca da utilização de novos métodos e substâncias que potencializem funções orgânicas no homem.
O doping é muito comum no meio competitivo, principalmente em eventos mundiais e também nacionais, onde se disputam vagas para os campeonatos mais importantes. O doping pode ser definido como a utilização de substância sintética ou natural (em quantidade anormal) que melhora de maneira artificial e desonesta o desempenho. Também causa prejuízo à saúde.
Há estimativas de que 60 a 80% dos atletas de nível mundial utilizem algum meio de dopagem em períodos de treinamento ou durante a competição. Em competições de halterofilismo (levantamento de peso), atletismo, lutas e natação são mais comuns os exames positivos. Há de se considerar o fato de que um exame antidoping com resultado negativo durante a competição não significa que o atleta não tenha se dopado no período de treinamento.
Há diferentes meios de dopagem, sendo mais comuns os hormônios sintéticos e os fármacos (medicamentos). O tipo de competição e a exigência dos músculos definem o hormônio ou fármaco a ser escolhido. Em competições de força e velocidade são normalmente utilizados os esteroides anabólicos androgênicos durante o treinamento para aumentar a massa muscular. Em competições como atletismo, natação e esportes coletivos são utilizados anfetamínicos para aumentar o estado de alerta e diminuir o tempo de reação. Em competições de luta são utilizados diuréticos para perda do peso excessivo. Em competições de corrida e ciclismo de longa duração é utilizado o hormônio eritropoetina (EPO) que aumenta o número de hemácias (células vermelhas) transportadoras de oxigênio no sangue.
A EPO é normalmente produzida pelos rins para