GRACILIANO

Estudo de Caso: Graciliano Ramos, um exemplo de Gestor Público para o nosso tempo?
Com base nas informações sobre a atuação do gestor Graciliano e nas leituras do livro texto, responda às seguintes questões:

1. Como as condições sociais, políticas e econômicas da época podem ter influenciado a atuação de Graciliano como gestor público?

Em Palmeira dos Índios no final de 1927, em pleno decorrer da República Velha, numa terra pobre, situada entre o agreste e o sertão de Alagoas. Um lugar em que a lei era frouxa e subserviente aos mandos dos coronéis. Graciliano constatou que legislação, por ali, era igual cabeça de bacalhau: dizem que existe, mas ninguém nunca viu.
Em Palmeira todos queriam ter autoridade de prefeito: os cobradores de impostos, o Comandante de Destacamento, os soldados, outros que desejassem administrar. Cada pedaço do Município tinha a sua administração particular, com Prefeitos Coronéis e Prefeitos inspetores de quarteirões. Os fiscais, esses, resolviam questões de polícia e advogavam. Havia funcionários que faziam política e os que não faziam coisa nenhuma.
Palmeira dos Índios fica na divisa com Pernambuco, e o contrabando corria solto na região. Imposto não era coisa para se levar a sério.
Foi nesse cenário que Graciliano Ramos, filho de um comerciante local impôs o seu estilo rigoroso, metódico e imparcial. Ele chegou inclusive a elaborar um novo Código de Postura Municipal, que atualizou o último, datado ainda da época do império. Tinha autonomia e sensibilidade crítica que não o fizeram se subordinar, mas que deixou uma breve marca de correção e austeridade na política, resolveu combater a corrupção, acabar com o clientelismo que favorecia os coronéis e dar uma atenção especial para a periferia, antes ignorada. Ele chegou a demitir o secretário de Finanças, por deslizes. Proibiu pequenas infrações, tão comuns já naquele tempo, inclusive as cometidas por parentes.

2. Quais aspectos da experiência de Graciliano Ramos