Governo JK e o Plano de Metas

[CAP 2] Juscelino acreditava que o país estava atravessando uma fase de transição, entre um passado agrário e um futuro industrial e urbano. Assim, seu plano de governo falava explicitamente em acelerar o desenvolvimento econômico, como forma de transformar o país estruturalmente. Para ele, isso exigiria ‘’uma enérgica política de industrialização, a solução mais eficiente p/ resolver problema de um país populoso, com um grande mercado interno em potencial e dotado de adequados recursos naturais.’’ A importância relativa do setor rural se refletia na participação do setor agropecuário no PIB, que ainda era de 21% em 56. Foi justamente esse sinal de atraso econômico que JK se empenhou em reverter, fazendo com que pesados investimentos públicos e privados fossem feitos nos setores industriais e de infraestrutura econômica, reunidos em seu PLANO DE METAS. Com ele, o país viveria uma fase do desenvolvimentismo. O êxito desse plano em termos de aceleração da taxa de crescimento econômico é confirmado pelo PIB. O mesmo não poderia ser dito com relação ao comportamento da inflação, das finanças públicas, e das contas externas do Brasil. Qnd JK assumiu o poder, a variação geral de Preços havia recuado p/ 12,2% após superar 20% em 1953 e 54. Porém, ao término dos 5 anos de seu mandato, a inflação girava na faixa de 30% a 40%. O quadro ñ era melhor no tocante às contas públicas: o déficit do governo federal dobrou em termos reais entre 1956 e 63, sendo equivalente, em média, a 1/3 das receitas totais entre 1956 e 1960. Dados os efeitos defasados associados à política econômica, não resta dúvida de que o aumento do patamar inflacionário e da razão dívida externa líquida/exportações no período de 61-63, foi em grande medida herdado dos anos de JK. Mesmo a desaceleração da taxa de crescimento do PIB nos governos Quadros e Goulart pode, em parte, ser vista como um legado do período anterior. De fato, essa perda de dinamismo da economia decorreu em grande medida do término do