Gorgias

854 palavras 4 páginas
Karl Jaspers, filósofo e psiquiatra alemão, ao publicar A situação intelectual da época em 1931, chega a conclusão que começa uma última campanha contra a nobreza. E esta, é conduzida nas próprias almas. A deslegitimação da nobreza política foi e permanece sendo a primeira paixão burguesa. A nova era mundial quer fazer valer universalmente a equação entre homem e cidadão. Pensar, na modernidade, que um dia nós homens suportaríamos não ser nobres é praticamente insuportável. Dessa forma, não há nobreza! O clero e a espiritualidade não tem mais lugar no sistema dos iguais, justamente porque tiram a liberdade dos homens. Por meio do afeto igualitário, articula-se que todo tipo de diferença antropológica deve ser irreal, inválida e indecente.

A antropologia surge no século XVII como ciência de uma natureza humana e no século seguinte triunfa, tornando-se a ciência que faz a abolição de todas as diferenças essenciais entre as pessoas. A diferença vista entre as pessoas deve ser eliminada e a igualdade essencial deve vir a caminho. A burguesia então, passa a defender e lançar um discurso sobre o nascimento igual e o direito natural de todos, buscando eliminar os fundamentos pregados pela velha nobreza que buscava sempre fundamentar sua diferença essencial a partir do nascimento elevado, tendo assim seus direitos exclusivos.

A palavra mais forte do mundo da igualdade é ‘o trabalho de nascer.’ O fato de o próprio acontecimento ser motivo da diferença de identidade das pessoas, , não pode ser pensada. Para que o nascimento ocorra, é necessário pensarmos no acaso. O nascimento depende de um casamento que é realizado por milhares de ocasiões imprevistas. Quem descende do acaso, não pode ser privilegiado pois o acaso é para todos. A antropologia defende tudo isso agindo contra os nascimentos desiguais e o direito universal apenas por vir à luz.

Com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948 todo esse pensamento se reduz e fundamenta-se o privilégio para

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