Gorgias e sofistas
Enquanto Protágoras e Górgias, ao ensinar o ascetismo puramente teórico, haviam deixado intactos todos os fundamentos da vida moral e social, outros sofistas aplicaram o ascetismo e relativismo à vida prática.
Hípias: ensinou que a lei é o tirano dos homens.
Polo e Trasímaco: ensinaram que nada é justo, senão o que é útil ao mais forte.
Calicles: ensinou que a vida boa consiste em que cada um dê satisfação a sua consciência da melhor maneira que consiga.
Não se pode negar a originalidade de muitos pensamentos dos sofistas. Houve entre eles muitos pensadores talentosos e sua influência no ambiente grego foi enorme. Mas toda essa cultura sofista tem um significado mais negativo que positivo para a causa do ascetismo. Sem dúvida também os sofistas impulsionaram o progresso da filosofia. Não só são merecedores de apreço pelo exercício da retórica e o desenvolvimento do método dialético, mas também que sua própria discussão ascética dos resultados do pensamento pré-socrático obrigou os filósofos posteriores a investigações mais profundas.
Toda a filosofia pré-socrática tinha obscuridade em suas expressões. Os sofistas abandonaram a forma poética e expressaram suas idéias em termos mais claros e precisos e, assim, contribuíram para a formação do estilo filosófico. Além disso, com os sofistas a filosofia saiu do estreito recinto das escolas e se divulgou em todo o povo grego. Finalmente não se pode esquecer que os sofistas foram os primeiros a deixar de lado a investigação cosmológica e estudar as questões da teoria do conhecimento, a psicologia e a ética e deram início ao período antropológico da filosofia grega.
Sofistica e Sofistas
A palavra sofista era, antigamente, sinônima de sábio e se aplicava indistintamente para poetas, músicos e filósofos. Mas no século V AC toma uma outra conotação pejorativa e se aplica a um grupo de mestres ambulantes que vão para as cidades gregas ensinando o que eles chamam de “sabedoria” em troca