Golpe Militar e a Educação no Brasil
Esta pesquisa tem como objetivo analisar as mudanças ocorridas na educação do Brasil durante o Regime Militar, a partir das reformas educacionais impostas pelas leis n° 5.540/68 e n° 5.692/71 e também o programa de alfabetização, o MOBRAL criado pela lei nº 5.379/67. Essas leis tinham a intenção velada de criar um instrumento de controle e de disciplina sobre a comunidade estudantil e operariado, possíveis opositores ao regime.
1) O GOLPE MILITAR DE 1964 – “Os anos de chumbo”
Em 1964 havia no Brasil uma grave crise institucional, que havia se iniciado em 1961 com a renúncia de Janio Quadros à presidência e a posse de seu vice João Goulart. Ele permitiu que organizações populares se manifestassem, causando preocupação para a classe média. Nessa época a guerra fria estava em seu auge e temia-se o avanço do Comunismo na América do Sul, gerando preocupação dos partidos de oposição e até mesmo nos Estados Unidos.
Essa preocupação se agravou após um comício realizado pelo presidente João Goulart, em 13 de março de 1964 na Central do Brasil no Rio de Janeiro, onde este defendeu as reformas de base, que prometiam mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país.
Uma semana depois em 19 de março, houve uma resposta de vários setores da sociedade contra as intenções de João Goulart, pronunciada em seu discurso no comício. Essa resposta veio em meio de uma manifestação que levou milhares de pessoas no centro de São Paulo, intitulada de “Marcha da família com Deus pela liberdade”.
O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março as tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. E para evitar uma guerra civil João Goulart deixa o país se refugiando no Uruguai. E assim os militares tomam o poder.
Nos primeiros dias após o golpe, uma violenta repressão atingiu os setores politicamente mais mobilizados à esquerda, como a CGT (Central Geral dos