ditadura militar
É difícil fixar apenas um fator para explicar por qual motivo teve início a ditadura militar no Brasil. Podemos, no entanto, falar de uma série de fatores. Entre estes, destaca-se a situação econômica do país: diversos governantes se sucederam no poder (Dutra, Getúlio, Juscelino) sem que o problema econômico fosse resolvido. E pior, ele foi apenas agravado ao longo do tempo.
O conturbado governo de Jânio Quadros também contribuiu para chegarmos ao golpe, pois a sua aproximação com o bloco comunista não eram muito bem vista internamente – em especial pelos setores mais conservadores: industriais, latifundiários, empresários, no geral etc. – nem mesmo externamente. Não podemos esquecer que os anos 1960 são o auge da Guerra Fria e os Estados Unidos não poderiam permitir mais uma nação comunista na América.
O governo do João Goulart – que assumiu após a renuncia de Jânio – foi apenas o estopim para tudo isso; sua tradição de antigo líder sindical, assim como a sua história como ministro do Trabalho de Vargas, contribuíram para lhe criar uma imagem de um “líder comunista”. As famosas Reformas de Base, tão polêmicas à época, foram apenas a faísca que faltava para começar o incêndio. O golpe militar ocorreu dias após o anuncio do presidente quanto as tais reformas.
Atos Institucionais
Foram normas e decretos elaborados no período de 1964 a 1969, durante o regime militar no Brasil. Foram editadas pelos Comandantes-em-chefe do Exército, da Marinha e da Aeronáutica ou pelo Presidente da República, com o respaldo do Conselho de Segurança Nacional. Todas estas normas estavam acima de todas as outras e até mesmo da Constituição. Esses atos não estão mais em vigor desde o fim do Regime Militar. 1
Atos Institucionais foram utilizados como mecanismos de legitimação e legalização das ações políticas dos militares, estabelecendo para eles próprios diversos poderes extra-constitucionais. Na verdade os Atos Institucionais eram um mecanismo para manter na