Golpe Militar de 1964
Depois do fracasso do plano trienal, da economia e dos índices da inflação altíssimos, o governo de João Goulart (Jango) ficou enfraquecido e sem apoio. Começando assim os movimentos sociais a fazer pressão, exigindo transformações na sociedade.
Os líderes estudantis da União Nacional dos Estudantes (UNE) entraram em cena, pedindo pelo fim da exclusão social e do analfabetismo. Na Igreja Católica surgiram segmentos políticos com orientação socialista que se juntaram aos estudantes nas manifestações da época.
Ocorreu uma rebelião de sargentos em Brasília, querendo o direito de se candidatar a cargos eletivos. Essa rebelião foi vista pelo alto escalão das Forças Armadas como uma severa ameaça á hierarquia militar. Num clima de tensão e enfraquecido politicamente, Jango realizou na Estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro, um grande comício no dia 13 de Março, diante de mais de duzentos mil manifestantes, o presidente assinou decretos de grande impacto popular, como a nacionalização das refinarias de petróleo privadas e a desapropriação de terras, para a reforma agrária, às margens de ferrovias federais. No dia 19 de Março, a resposta ao comício do Rio, foi realizada em São Paulo a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, os manifestantes pediam a Deus e aos Militares que salvasse o Brasil do perigo comunista, presente em Jango.
Em 30 de Março, João Goulart apoiou a manifestação dos marinheiros no Rio de Janeiro, tornando se assim o estopim para o alto comando das Forças Armadas acusar o presidente de conivência com os atos de insubordinação que ameaçavam a hierarquia militar. Contra as reformas, os militares acusaram Jango de ser francamente favorável ao comunismo no Brasil e de tentar subverter o regime. Com essa justificativa, incentivaram as classes média a grossas passeatas, com Deus e a Família pela liberdade. Em 30 de Março os líderes sindicais mais radicais foram presos por Lacerda no Rio.
Surgindo assim o Golpe Militar que