Golpe de 1964
Era um tempo de turbulências na política e na economia, a inflação acumulada em um ano chegou a 80% e as riquezas do país estavam encolhendo, havia também falta de gêneros, como o açúcar, a distribuição de energia, a água, e os transportes públicos estavam precários. Por conta das greves, muitas vezes não eram disponíveis. Então, a vida das pessoas, o dia a dia, era bastante complicado.
Jango havia sido democraticamente eleito vice-presidente. O golpe estabeleceu um regime autoritário e nacionalista, politicamente alinhado aos Estados Unidos, e marcou o inicio de um período de profundas modificações na organização politica do país, bem como na vida econômica e social.
O mundo estava dividido pela Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética e Lincon Gordon teve uma importância muito grande no convencimento do Departamento de Estado da tese segundo a qual João Goulart daria um golpe ou criaria uma República Sindicalista. E por ser um personagem politicamente frágil, os comunistas tomariam conta desta República Sindicalista. O temor de que Jango desse um golpe de esquerda aumentou depois do comício de 13 de março, no Rio, quando o presidente prometeu fazer as chamadas reformas de base. Ele tinha o apoio de movimentos sociais dispostos a impor essas mudanças na lei ou na marra.
Parte da população foi para a rua contra o governo de João Goulart, com o incentivo de políticos de oposição, como o então governador de São Paulo, Ademar de Barros. A primeira Marcha da Família com Deus pela Liberdade aconteceu no Centro de São Paulo, que passou pelo Viaduto do Chá, no dia 19 de março