Globalização
A antiga surgida desde as viagens do descobrimento e tem como característica principal a ocupação territorial com a consequente dizimação de culturas em nome do poder trazido pela riqueza, nesse processo de dizimação cultural estima-se que cerca de 2000 línguas tenham desparecido. Embora não citado pelo autor no documentário percebe-se também que essa 1º Globalização foi fator decisivo para o fortalecimento do poder dos Estados Centrais e da ideia de soberania, diferentemente da 2º, que produz o enfraquecimento dos poderes do Estado.
OS TRÊS MUNDOS:
As disparidades entre o norte e o sul são progressivamente maiores, mas são camufladas. Para entender essa camuflagem é preciso considerar a existência de três mundos: a globalização como falam, o mundo como dizem que ele é; a globalização como perversidade, o mundo como ele realmente é; e uma outra globalização, que remete a uma outra maneira de construir o mundo.
IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO SOBRE OS PAÍSES POBRES:
A consequência de todo esse quadro é banalização do desemprego (Um bilhão de pessoas ganham menos de um dólar por dia). Milton Santos apresenta uma metáfora assustadora, mas bastante realista, sobre essa perspectiva: a humanidade está dividida em dois grupos, o daqueles que não comem e o dos que não dormem por medo dos que não comem.
BIOGRAFIA:
Milton Santos (1926-2001) Bacharel em Direito, na Universidade Federal da Bahia (1948) Doutor em Geografia Universidade de Strasbourg (1958), sob orientação do Prof. Jean Tricart 1948-1964. Um pesquisador implicado na realidade local Até 1964, ano em que deixa o Brasil em razão do golpe militar, ele conduz paralelamente uma carreira acadêmica e atividades públicas. Jornalista e redator do jornal A Tarde (1954-1964), professor de geografia humana na Universidade Católica de Salvador (1956-1960), professor catedrático de geografia humana na Universidade Federal da Bahia onde cria o Laboratório de Geociências, será diretor