Globalização
Segundo o autor o significado de globalização no qual o texto discorre é seu sentido histórico e não o conceito ideológico. A ideologia relaciona a globalização com o neoliberalismo, predomínio dos interesses econômicos, intensificação da exclusão social e o abandono do Estado de bem-estar social. O autor divide o avanço da globalização em etapas durante os séculos, iniciando pelas suas raízes originadas no mínimo há 5 séculos.
Anterior a primeira fase da globalização os Continentes eram isolados no globo terrestres, ou seja, não existiam relações entre os diversos povos que habitavam a Terra. A crença na existência de outros povos era apenas contada através de lendas e relatos de viajantes, como exemplo, Marco polo.
Até o Século XV existiam 5 economias no mundo autônomas e isoladas. Na Europa eram as cidades italianas de Gênova, Veneza, Milão e Florença que estabeleciam relações comercias com o Mediterrâneo. No norte da França uma área comercial significativa localizada na região de Flandres ligada ao comercio com o Mar Norte. No Mar Báltico marcava presença a Liga de Hansa, espécie de cooperativa de mais de 200 cidades lideradas por Lubeck e Hamburgo que mantinham comercio da Rússia até a Inglaterra. No sudeste europeu o comércio era Bizantino e atuava no mar Egeu e no mar Negro. Outra economia era a China e regiões tributárias como a península coreana, Indochina e a Malásia. A Índia favorecida por sua posição geográfica estabelecia relações com os mercados árabes, comerciantes malaios e comercio com o Levante. A índia era fortalecida pela suas especiarias e pelo famoso tecido fino. Do outro lado existiam as civilizações pré-colombianas, Azteca no México, os Maias no Yucantan e a Inca no Peru. Totalmente independentes e sem contato entre si.
Durante milhares de anos os povos não imaginavam que poderiam estabelecer relações entre diversas populações na Terra e a criação do conceito de interdependência