globalização
Como escrever nunca é uma tarefa fácil para mim, mas sempre atraente, não custa tentar. Portanto, vamos lá!
Em minhas palestras e cursos sobre concentração sempre começo a falar sobre percepção que chamo de porta para a concentração. Se a pessoa entende o que é percepção e vislumbra sua importância, ela automaticamente estará preparada para se concentrar.
Primeiramente e em poucas palavras é bom diferenciar sensação de percepção. Sensação é o registro de estímulos físicos por meio dos órgãos sensoriais. São esses, por exemplo, que detectam a luz (visão) e o som (audição), registrando-os nos neurônios e enviando-os para os centros nervosos.
A percepção é a organização e interpretação mental dessas sensações, através dos recursos mentais. Desse modo fica claro que a sensação embora não seja sinônimo de percepção faz parte da mesma, como o primeiro ato de interpretação de alguma experiência. Portanto, a percepção é dependente, mas diferente dos sentidos.
Basicamente, o primeiro passo para uma boa percepção é manter nossos órgãos sensoriais em ótimo estado, para que não haja uma “falha” perceptiva. Se uma criança, por exemplo, não está escutando bem, é notório que em uma sala de aula ela interpretará (percepção!) de modo equivocado muitas das coisas que professores dirão e consequentemente a aprendizagem será deficitária.
Outro fator que diferencia percepção e sensação é o que Roberto Lent em seu livro intitulado Cem bilhões de neurônios, chama de constância perceptual. Para entender o que seja, veja o exemplo que este autor escolheu: “Sabemos a quem pertence uma voz familiar e ela parece-nos provir de uma mesma pessoa, independentemente se ela está rouca, sussurrando ou gritando. Embora os sons que ouvimos sejam diferentes.”
Ademais, o sentimento é parte da percepção, isto é, a avaliação emocional das sensações recebidas. Quando