A globalização é um assunto muito discutido na atualidade, principalmente por haver muitos pontos de vista em relação à ela. Esse fenômeno pode ser conceituado como o encurtamento das distâncias ou uma integração entre pessoas de todo o mundo, o que traz benefícios, mas apenas às pessoas que estão incluídas, o qual é uma questão a ser discutida. O intelectual Milton Santos trata a globalização como fábula, como perversidade e como ela pode ser. A globalização como fábula é aquela que a sociedade é levada a acreditar por meios de comunicação, como anúncios, revistas e empresas de mídia que estão nos bombardeando de fantasias e tempo todo. Esses meios nos fazem pensar que o mundo é solidário, enfatizando apenas as coisas boas, enquanto tudo está voltado ao capitalismo. Também nos prende ao mundo virtual, nos alienando completamente do verdadeiro mundo. A cada dia estamos sendo mais beneficiados com novas tecnologias, facilitando a comunicação, a locomoção, entre outros. Porém, essa mesma tecnologia toma o lugar de trabalhadores, agindo de maneira cruel. Essa é a globalização perversa, que resulta em desemprego, pobreza, corrupção, violência, fome, fazendo com que as pessoas se tornem mais competitivas, individualistas, egoístas e gananciosas. Em busca da solução dos problemas citados, é necessária a construção de uma nova maneira de pensar, uma nova globalização. Mais democrática, onde os indivíduos possam montar sua própria opinião, que não seja voltada ao consumismo/capitalismo e que o dinheiro não seja o centro do mundo. Nós temos as condições tecnológicas, mas ainda temos que lutar pelas questões sociais. A ideia é parar de ver a outra globalização como uma utopia e acreditar que é possível reaprender a ver o mundo.