Globalização Vivemos num mundo em vertiginosa mutação, jamais sentida, com enormes repercussões em todas as áreas: laboral, económica, social, política, cultural, religiosa, familiar (redefinição dos conceitos de família, casamento e sexualidade), etc. É impossível analisar uma sem falar das outras, tal a forma como estão encadeadas. A este conjunto de transformações há quem lhe chame globalização. Clóvis Rossi, da Folha de S. Paulo, apresenta o seguinte acontecimento para retratar, em seu entender, o que é o globalização: “A notícia do assassinato do presidente norte-americano Abraham Lincon, em 1865, levou treze dias para cruzar o Atlântico e chegar à Europa. A queda da Bolsa de Valores de Hong Kong (Novembro de 97), levou treze segundos para cair como um raio sobre S. Paulo e Tóquio, Nova York e Tel Aviv, Buenos Aires e Frankfurt.” Este fenómeno que surgiu essencialmente na década de oitenta ligado fundamentalmente a uma nova vaga de liberalização económica, está profundamente marcado pelo poderio político e económico dos EUA, a grande e única super-potência, actualmente. O domínio económico, militar (somos vigiados, segundo a segundo, por satélites espiões americanos), político e cultural dos EUA, apesar de cada vez mais contestado - veja-se os inúmeros atentados a embaixadas americanas, o 11 de Setembro(1) etc, - faz-se sentir um pouco por toda a parte: a Coca-cola, os Mc Donald’s, a Pizza-Hut,, o dólar, a língua inglesa, o sistema Windows, a CNN, as jeans, etc, são os exemplos mais visíveis desse domínio. O falhanço do modelo económico soviético e a democratização de alguns países como Portugal e Espanha e do continente sul-americano e africano, a queda do Muro de Berlim, a inevitável desintegração da URSS (o modelo económico soviético falhou), e o fim da Guerra Fria, vieram alterar o panorama político, sócio-económico e militar mundial e foram determinantes para que se começassem a encontrar pontos comuns nas economias e nas políticas,