globalização
Na próxima vez que for ao supermercado preste atenção à grande variedade de produtos expostos nas prateleiras. Se, como muitas pessoas fazem, iniciar as compras pela secção de produtos frescos, é provável que encontre ananases do Hawai, uvas de Israel, maçãs da África do Sul e abacates de Espanha. No corredor seguinte, poderá dar de caras com uma vasta gama de pastas de caril e de especiarias para a cozinha indiana, variadíssimos ingredientes para a cozinha do Médio Oriente, como cuscuz e falafel, bem como leite de coco enlatado para a cozinha tailandesa. Continuando as compras, tome atenção ao café proveniente do Quénia, da Indonésia ou da Colômbia, à carne de ovelha da Nova Zelândia, às garrafas de vinho da Argentina ou do Chile. Se prestar atenção a um pacote de bolachas ou a uma tablete de chocolate, notará que os ingredientes vêm descritos em oito ou dez línguas diferentes.
Que dimensões sociológicas estão associadas a esta curta ronda pelo supermercado? (…) A enorme variedade de produtos que nos habituámos a ver nos supermercados ocidentais depende de laços económicos e sociais complexos que ligam as pessoas e os países do mundo inteiro. (…)
Os sociólogos usam o termo globalização quando se referem aos processos que intensificam cada vez mais a interdependência e as relações sociais a nível mundial. Trata-se de um fenómeno social com vastas implicações (…). Não deve pensar-se na globalização apenas como o desenvolvimento de redes mundiais – sistemas económicos e sociais afastados das nossas preocupações individuais. É também um fenómeno local, que afecta a vida quotidiana de todos nós. (…)
[Essa interdependência significa que] o que fazemos