Globalização
Na atualidade, vivemos o aprofundamento da inovação e da globalização, onde indústrias e conhecimentos espalham-se por todos os cantos do planeta. Todas as nações são dependentes uma das outras, porém esse movimento não é atual, ele iniciou-se ainda no século XVII e acelerou-se a partir do século XIX, como o próprio Karl Marx escreveu no tão falado, e contestado “Manifesto do Partido Comunista”:
“As antigas indústrias nacionais foram destruídas e continuam a ser destruídas a cada dia. São suplantadas por novas indústrias, cuja introdução se torna uma questão de vida ou morte para todas as nações civilizadas (…) Em lugar da antiga auto-suficiência e do antigo isolamento local e nacional, desenvolvendo-se em todas as direções um intercâmbio universal, uma universal interdependência das nações. E isso tanto na produção material quanto na intelectual. Os produtos intelectuais de cada nação tornam-se patrimônio comum. A unilateralidade e a estreiteza nacionais tornam-se cada vez mais impossíveis e das numerosas literaturas nacionais e locais forma-se uma literatura mundial”.(Marx; Engels, 2001, pg. 49)
Esse movimento de evolução tecnológica e interdependência de mercados, como nos apresentaram Smith, David Ricardo, Stuart Mill e Schumpeter, fazem com que as mudanças sejam cada vez mais rápidas, esses impactos cada vez mais fortes, geram uma necessidade de acompanhamento do capital humano nos países, em especial nos países em desenvolvimento, para conseguirem acompanhar o nível de concorrência internacional.
O Brasil encontra-se em meio a esse turbilhão de mudanças globais, além sofrer os bônus, sofre também o ônus dessas mudanças. Assim, a economia brasileira necessita adaptar-se a realidade atual para ser competitivo no mundo globalizado.
O presente trabalho tem por objetivo verificar de forma superficial os impactos da abertura comercial e da evolução tecnológica no mercado de trabalho do Brasil, analisando a sua evolução após a abertura comercial do