Globalização e a perda da identidade do estado-nação
GLOBALIZAÇÃO E A PERDA DA IDENTIDADE DO ESTADO-NAÇÃO
GLOBALIZAÇÃO E A PERDA DA IDENTIDADE DO ESTADO-NAÇÃO* GETÚLIO JOSÉ MOREIRA DA COSTA Monografia apresentada, como requisito parcial de avaliação, no curso de Especialização em Pensamento Político Brasileiro. Orientador: Prof. Dr. Holgonsi Soares Gonçalves Siqueira - Julho de 2004. INTRODUÇÃO A população mundial nos dias atuais está envolta na teia do que se denominou chamar de globalização. Esse fenômeno, que invade fronteiras, modifica costumes, expande as novas técnicas científicas e tecnológicas, constrói e destrói mercados, com a sua nova dinâmica, dificulta o controle estatal sobre ele. Novas formas de atividades são levadas a cabo, a exemplo da tecnologia da informática e de transações comerciais feitas entre países em questão de segundos, obrigando as instituições estatais a repensar suas estratégias. O sistema capitalista que se disseminou pelo mundo, trazendo consigo a idéia da individualização do lucro e do pensamento neoliberal, exige a abertura das fronteiras de todos os países do globo, conduzindo com isso várias formas de dominação das potências desenvolvidas sobre países do terceiro mundo. Verificamos, de outro lado, que, com a abertura dos mercados e a dominação do capital e do lucro pelos países desenvolvidos, cresce a situação de pobreza dos países periféricos, com imensos efeitos negativos para sua população e com conseqüências sociais enormes, como a deficiência da educação, da saúde, e o aumento da criminalidade. Ao mesmo tempo em que cresce a desigualdade social das populações, o Estado-nação vai ficando cada vez mais debilitado, perdendo suas mais nobres funções, começando com a dominação econômica através das "ajudas" das instituições financeiras e de países ricos interessados na manutenção desse status quo, as quais, normalmente, desemboca na vala seguinte que é a dominação política. A "ajuda", através de empréstimo, vem sempre ajoujada a várias imposições econômicas e