TRABALHO
A população mundial está envolta na teia do que se denominou de globalização. Esse fenômeno, que ultrapassa fronteiras, modifica costumes, expande as novas técnicas científicas e tecnológicas, constrói e destrói mercados, com a sua dinâmica, dificulta o controle estatal sobre ele. [...] Com a abertura dos mercados e a dominação do capital e do lucro pelos países desenvolvidos, cresce a situação de pobreza dos países periféricos, com imensos efeitos negativos para sua população e com consequências sociais enormes, como a deficiência da educação, da saúde, e o aumento da criminalidade.
Ao mesmo tempo em que cresce a desigualdade social das populações, o Estado-nação vai ficando cada vez mais debilitado, perdendo suas mais nobres funções, começando com a dominação econômica através das “ajudas” das instituições financeiras e de países ricos interessados na manutenção desse status quo, as quais, normalmente, desembocam na vala seguinte que é a dominação política. A “ajuda”, através de empréstimo, vem sempre ajoujada a várias imposições econômicas e políticas, sob pena de indeferimento, causando, portanto, a debilitação do Estado-nação. De outro lado, outros fatores que ultrapassam as questões econômicas, mas quase sempre são dela originários, corroboram para o enfraquecimento do Estado-nação e a perda de sua própria identidade. São problemas como a criminalidade e a formação de grupos contrários à globalização.
O que ressalta na análise é o fato de que, com a globalização, há o favorecimento ao sistema capitalista de governo e um mais acentuado emprego do liberalismo econômico que reflete de forma negativa, principalmente, nos países periféricos e que acarreta um desnivelamento do poder econômico das populações, gerando um distanciamento maior entre as camadas sociais, fazendo surgir um tipo de apartheid.
O capital volátil, a versatilidade de empresas multinacionais e outros aspectos propiciam a desestabilização