Ciências Sociais
Rousseau privilegia um espaço participativo do povo, antes considerado uma massa importante apenas enquanto sustentava por sua produtividade uma elite que governava visando unicamente os próprios interesses. Dá, portanto, outra dimensão ao povo esquecido, confere limites ao poder soberano e coloca nas mãos desse povo esquecido um poder que nunca tivera o das eleições.”
Apresentação de O Contrato Social – Rousseau – 13 - Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal
“Muitos dizem que nós, brasileiros, não entendemos de guerra. Que somos um povo pacífico, passivo, idiotas cordiais. Besteira grossa. Vá passar um final de semana na Rocinha, e vá ver se somos tão cordiais assim!” Miguel do Rosário.
Durante décadas li, ouvi, absorvi falas indigestas de professores – não educadores - e políticos, dos mais velhos – menos de minha família que nunca acreditou nestas idiotices – afirmarem e defenderem a tese do “povo pacífico, passivo, ordeiro, cordial, festivo”, tudo dentro dos conformes, das regras e da ordem sem progresso. Numa destas idas e vindas da vida escolar, escutei uma “máxima da época” que dizia assim: “Enquanto o baiano descansa, o mineiro conversa, o paulista trabalha, o carioca festeja, o gaúcho governa.”
Estereótipos à parte e preconceitos condenáveis, a tal “máxima” revela a tentativa de mostrar que tudo estava em seu lugar, funcionando como