globalização e movimentos sociais

E-folio B

Emergência de novos movimentos sociais e sociedade em rede na era da globalização

Vivemos uma época de intensificação de relações sociais em que, qualquer evento que aconteça num dado local, mesmo que distante ou isolado, poder ter reprecurssões quase imediatas noutro ponto qualquer do globo, situação potenciada pelas novas tecnologias de informação e respectivos veículos de comunicação privilegiados. Trata-se de um fenómeno global que interage, de um modo muito complexo no sistema mundial, atingindo dimensões económicas, políticas, culturais, religiosas e jurídicas que interfere com identidades nacionais bem como no particularismo que lhe são inerentes e nas diversidades locais.

A globalização tem originado por vezes conflitos entre grupos sociais, Estados e interesses hegemónicos ou dominantes. Igualmente tem provocado transformações no mercado mundial ocorrendo por vezes de uma forma desigual em que, as concentrações do poder económico com a sua hegemonia e domínio e de acordo com as mais valias que poderão beneficiar, foi surgindo uma nova reorganização da economia mundial, suportadas por medidas proteccionistas. Uma das consequências desta posição preponderante é que a distribuição da riqueza em termos de globalização provoca desigualdades, como se pode verificar em relação aos mais pobres como os da América Latina e Leste Asiático.

Relativamente à globalização cultural podemos afirmar que advém da continuidade das relações económicas e da dependência dos mercados no sistema mundial, da modernização e da ideia subjacente de homogeneização. Igualmente constatamos que a intensificação de troca de bens, serviços, capital, trabalho, informações e comunicações também foram componentes que contribuiram para a verificação dessas mudanças culturais a nível nacional. Relativamente à política que contendo por inerência uma reflexão sobre novas formas de Estado, resultado da globalização neoliberal, também neste contexto foram surgindo