Globalização e exclusão
A autora propõe uma reflexão sobre a sociedade capitalista ao mesmo tempo em que se expande por todo o planeta com a globalização, como já previa Karl Marx, ao mesmo tempo, exclui socialmente cidadãos desse novo mundo. Ela também aponta o papel do Estado-Nação que se apresenta como único capaz de salvaguardar os interesses dos mais necessitados em cada país.
A autora tomando como referencia os estudos de Marx sobre a economia capitalista nos lembra de que com as conquistas da burguesia sobre o mercado mundial, impõem sua ideologia sobre a maioria da população, enquanto as mesmas enfrentam problemas nas suas condições de vida decorrentes dessa exclusão, provando as contradições do sistema. Sendo o objetivo do capitalismo a acumulação máxima, o papel do Estado ao deixar de investir no bem-estar social, como defendem os neoliberais, destrói a capacidade aquisitiva do consumidor para manutenção do sistema, o que gera crises de superprodução e contraria a democracia. O Estado-Nação ainda continua sendo a principal solução dos problemas sociais. Dialeticamente falando, a globalização ao mesmo tempo em que provoca a exclusão social faz surgir novos movimentos sociais interligados pela era da comunicação e da informática com o objetivo de construir uma nova sociedade: equitativa, plural e democrática.
“Ulrich Beck (1998) analisa os conceitos de globalização e de localização, considerando-os duas caras da mesma moeda. No seu entender, eles expressam uma nova polarização e estratificação social em nível internacional: ricos globalizados e pobres localizados.” (p. 14)
“. A globalização não é equilibrada nem harmônica e, ao invés de atenuar as disparidades de renda, amplificadas. Ela privilegia os interesses específicos da classe social dominante e dos países hegemônicos, em detrimento dos mais desfavorecidos, acentuando assim