Globalização e exclusão social
Segundo o orador, Alfredo Bruto da Costa, o conceito de globalização é ambíguo, levando as pessoas a tomar uma determinada posição acerca do assunto – seja ela opinião contra ou a favor. Segundo a opinião pessoal do autor, a globalização apresenta grande potencial atual e histórico, contudo afirma que estas potencialidades não estão a ser aproveitadas da melhor forma.
Alfredo Bruto da Costa aponta como principais causas da globalização o desenvolvimento tecnológico aplicado à eletrónica, os meios de comunicação social e à informática; O aumento da mobilidade humana – o desenvolvimento de transportes e fácil acesso a qualquer lugar no mundo; O aumento dos fluxos comerciais e de capitais – maior diversidade nas trocas comerciais e na circulação de capitais. Todos estes fatores têm como consequência a diminuição das distâncias geográficas devido à facilidade de comunicação com povos estrangeiros assim como a redução das fronteiras nacionais, que deixam de ser uma barreira – toda a ideia de espaço e tempo é alterada.
A questão da diminuição das fronteiras tem como consequência o enfraquecimento do poder das nações, onde os órgãos governamentais nacionais deixam de ter o poder supremo e absoluto e assim, passando a haver órgãos governamentais globais, que exercem poder sobre vários países como é o caso da Comissão Europeia. Destaca-se também o facto de que a globalização cria um padrão de cultura, maioritariamente associado ao ocidente levando à perda de valores e culturas nacionais. A comentadora Maria Manuela Silva defende que a globalização é sinonimo de uma hegemonia capitalista que gera a exclusão social, ligando estes dois conceitos. Contudo destaca aspetos positivos neste processo tais como a mundialização da economia e devido ao grande aumento da produção de riqueza, da melhoria da produtividade, a intensificação das relações de troca entre povos e o alargamento das capacidades produtivas e criativas da humanidade em geral. Para concluir,