GLOBALIZAÇÃO, MULTICULTURALISMO E PRECONCEITO
As mudanças comportamentais, socioculturais e econômicas que vem ocorrendo ao longo do tempo, são frutos do processo de globalização.
Esse processo acentuou a discriminação e os preconceitos, particularmente a avaliação de quem é “o outro”, ou seja, o imigrante, o estrangeiro, o negro, enfim, o não reconhecido nele próprio: o diferente, o não branco. Esta consideração nos faz recorrer ao conceito de alteridade – significação que um faz do outro, ou seja, é o outro do outro. Segundo Maura Pardini Bicudo Véras, ao definir o outro, como argumento sociológico, devemos recorrer à Antropologia e à Psicologia. Assim o outro se apresenta como: o “estrangeiro”, o “estranho”, o “não eu”, mas ao mesmo tempo é um jogo de representações que são agudizadas diante das desigualdades. Dessa forma, o conceito de alteridade busca dar conta desse processo e compreender estes atores sociais.
Ao longo deste trabalho, abordaremos temas que surgiram e/ ou se transformaram (e continuam se transformando) devido ao processo de globalização. Novos conceitos e termos foram adaptados e incorporados no cotidiano, fruto desta nova tendência. Focaremos as mudanças nas relações entre diferentes culturas num contexto contemporâneo em que a sociedade globalizada, que tem sido designada sociedade pós-moderna, pós-industrial, transnacionalizada, vivencia um agravamento das desigualdades do modo de vida, que pode ser identificado tanto nos países ricos como nos pobres.
2. ASPECTOS GERAIS
Globalização é um termo que carrega, em si, alta grau de incerteza conceitual, sendo usado para identificar aspectos diversos da vida social, como a universalização de padrões culturais, expansão e fortalecimento de instituições supranacionais e, especialmente, forte internacionalização dos processos econômicos. Em termos sucintos, Welber Barral define globalização como “o processo de internacionalização dos fatores produtivos, impulsionado pela revolução tecnológica e pela