comunicação e cultura
Durkheim, no capítulo “Solidariedade Mecânica ou por Similitudes” de sua obra “A Divisão Social do Trabalho”, coloca em voga a discussão acerca do crime e da organização da sociedade. Segundo ele, a sociedade unida e coesa acabaria por universalizar certos valores por meio de sua consciência coletiva. Dessa forma, não apenas as ações que prejudicam a sociedade, mas também aquelas que fossem contra os princípios fixados seriam passíveis de repreensão social ou penal.
A consciência coletiva hoje é representada pela identidade nacional. A nação tem a capacidade de aglutinar os indivíduos em uma mesma consciência que os envolve e os transcende. É uma forma de integrar diferentes grupos sociais dentro de uma mesma totalidade e de representá-los simbolicamente. Há, pois, uma unidade moral, intelectual e mental.
Esse conceito associado à civilização com uma cultura fixada, descontextualizando os indivíduos de suas situações próprias e históricas entra em conflito com a noção de individualismo crescente que temos hoje.
O particularismo, aprimorado nas sociedades ocidentais, prega ação livre de cada pessoa, trilhando seu caminho de acordo com suas próprias crenças, mesmo que destoantes daquelas majoritariamente aceitas. Porém, o choque se dá ao colocar essas duas visões lado a lado no cotidiano. Ainda há intolerância em relação a certas atitudes por não seguirem os ‘moldes’ sociais, o que acaba em violências desnecessárias.
O Direito tenta condensar em suas normas as liberdades individuais de forma a não limitá-las. Porém, mesmo com a legalidade prevista, a sociedade ainda reprime atitudes que na verdade não são capazes de prejudicar o corpo social como um todo. É, pois, inadmissível que reações violentas ainda ocorram contra aqueles que estão em seu pleno direito.
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A concepção universalista, defendida pelos franceses, carrega em si, um sentido coletivo, a cultura da humanidade. Um dos defensores da concepção foi Edward Tylor,