Globalização, educação e o trabalho docente
GLOBALIZATION, EDUCATION AND THE TEACHER´S WORK
Luis Henrique ZAGO[1]
Resumo: Nos últimos trinta anos o capitalismo sofreu uma profunda reestruturação produtiva. Sendo as escolas partícipes do mundo cotidiano, as transformações no modo de produção, necessariamente, reverberam em suas estruturas. Modificações nas escolas exigem dos professores esforços de reestruturação de seus papéis sociais como educadores. O governo paulista, pressionado pelos órgãos internacionais que capitaneiam o sociometabolismo do capital, por meio de diretrizes e leis, pressiona os docentes a se adequarem a um novo padrão pedagógico que esteja em conformidade com as exigências do mercado. Apesar das inúmeras exigências e cobranças para que os profissionais da educação ressignifiquem seu agir, os investimentos em qualificação e formação se reduzem dia a dia, gerando nos professores a angústia de terem que, por conta própria e com seus parcos recursos, construir um novo perfil docente que possibilite um trabalho satisfatório e digno a eles e aos seus alunos. Diante destas questões, buscamos nesse trabalho refletir sobre aspectos relativos à construção do sistema educativo brasileiro, tendo como foco a construção da subjetividade do professor que pressionado pelas profundas e violentas transformações do mundo contemporâneo, se vê obrigado à construção de novas formas de interpretação do seu fazer: novas interpretações estéticas, morais, culturais e intelectuais, etc.
Palavras-chaves Globalização. Banco Mundial. Fazer docente. Mundo do trabalho.
Abstract: Over the last thirty years the capitalism suffered a deep productive reform. Being the schools members of the everyday world, the changes in the production way necessarily reflected in their structures. Changes in schools require teachers' efforts to restructure their social roles as educators. The State government, pressured by international committee who govern the social process