globalizacao
ESPAÇO E GRUPOS SOCIAIS
Unidade I:
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Unidade: GLOBALIZAÇÃO, ESPAÇO E GRUPOS SOCIAIS
A condição humana e a diversidade das culturas em tempos de globalização Para o antropólogo, sociólogo e filósofo francês Edgar Morin (1921-), o fator determinante da condição humana é a compreensão da relação que o indivíduo mantém com a natureza, com o meio que o cerca, simultaneamente inserido e fora desta mesma natureza.
Para ele, situar o Homem no universo implica em uma mudança de mentalidade, que iria anteriormente à concepção newtoniana de universo ordenado e reduzido a sistemas e equações matemáticas, para um universo nitzchieniano, ou seja, disperso, errante, antagônico, concomitantemente ordenado e desordenado, como dissera o filósofo alemão
Friedrich
Wilhelm Nietzsche (1844-1900): “Há mais ordem no caos do que na própria ordem.” Desta forma, derrubando dogmas que determinavam o homem inserido num planeta que girava em torno do astro maior do universo, para adotar uma consciência de que este mesmo homem viajaria em um planeta em torno de um dos muitos astros errantes que vagariam pelas periferias das galáxias, estando, portanto, mais sujeito às forças da desorganização e
instaura-se uma era de certeza das incertezas.
Os
novos
tempos,
tempos de globalização.
Não implicaria em conceber o
Homem
destituído
da
posição
central no universo e desta forma despojá-lo de importância tornandoo insignificante (um grão de areia no universo), mas tomar consciência
“Consciencia sin ciencia y ciencia sin consciencia son mutiladas y mutilantes”. Edgar Morin
de
si
mesmo
neste
Unidade: GLOBALIZAÇÃO, ESPAÇO E GRUPOS SOCIAIS
dispersão do que da ordem newtoniana passível de tradução matemática,
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universo em constante expansão, reconhecendo sua condição humana.
A partir destes princípios, já podemos identificar pelo menos três naturezas de identidade da condição humana que