glaucio
I – INTROUDUÇÃO
1- A psicologia de hoje, se refere ao “quadro mental” de uma pessoa para expressar, de maneira mais analítica e especificada, aquilo que os antigos denominavam a “forma mentis”. Falamos hoje também em esquema mental ou, mais vulgarmente, em mentalidade.
No fundo, quer-se dizer, de maneira ampla, que todo homem vive na dependência interior de um determinado número de valores culturais – no mais lato sentido de cultura – positivos e negativos, conscientes e inconscientes, adquiridos ou simples expressão de um temperamento dado, através dos quais ele julga, ama, odeia ou passa além...
Situado em seu quadro de referências e a partir de seus valores, ele enfrenta a vida e reage às suas vicissitudes. Por isso é que falamos do quadro mental infantil, adolescente ou adulto, amadurecido ou imaturo, masculino ou feminino, culto ou inculto, conservador ou criativo etc.
2 – Falando, portanto, da “mentalidade universitária” quer-se especificar ao nível universitário de um quadro mental, quer-se significar que o homem que passa pela experiência universitária deve levar para a vida a marca indelével dessa qualificação. Deve a sua “forma mentis” universitária constituir-se no instrumento apurado de contacto pessoal com seu próprio mundo que o cerca. Deve ser a plataforma elevada de onde ele contempla a vida e de onde ele parte para a vida.
II – CARACTERÍSTICAS
Se examinarmos, pois, em que consiste a especificidade universitária de uma mentalidade, vamos encontrar, entre outras, algumas características marcantes, indispensáveis à sua identificação.
3 – Dentro da tipologia de universidade do mundo contemporâneo se deve assinalar, como inicialmente básica, a aquisição, pelo universitário dos dados teóricos e técnicos da sua ciência profissional.
3.1 – No decorrer da sua longa história, a universidade, pressionada por um alargamento geometricamente progressivo do conhecimento