Glaciaçoes do Quaternario
Os processos que desencadearam as glaciações estão relacionados com :
Formação de grandes cadeias montanhosas e fenômenos vulcânicos associados (A glaciação que ocorreu no cenozoico e relacionada com as fases orogênicas da cadeia dos Alpes).
Existência de áreas emersas nas zonas polares, onde o gelo se possa acumular.
Alterações nas correntes oceânicas.
No Quaternário (Pleistoceno), os gelos cobriram grande parte da América do
Norte e da Europa setentrional (parte norte da Europa), o Ártico e a Antártida e, ainda.
As consequências das glaciações são:
Arrefecimento climático global.
Descida do nível do mar, podendo ficar cerca de 150m abaixo do atual (regressão glácioeustática– aprisionamento da água em massas de gelo).
Aumento das zonas áridas.
Extinção dos animais e das plantas que não conseguirem adaptar-se ou deslocar-se para latitudes mais quentes.
Abaixamento (isostático) de sectores da crosta, nos quais se acumulem grandes massas de gelo. Quando este derrete, esses sectores voltam a subir, como acontece, por exemplo, no Canadá e na Escandinávia, com levantamentos da ordem dos 30 cm por século.
Erosão dos vales onde os glaciares se deslocam e formação de depósitos constituídos pelos produtos da erosão glaciária (moreias, tilitos, blocos erráticos) que, quando os gelos se retiram, podem constituir barreiras nos vales, originando lagos.
Transporte de grandes massas de gelo pelos glaciares que desembocam no oceano, massas essas que correspondem aos “icebergs”. No seio destes existem produtos da erosão dos vales, como calhaus, gravilha, areias e argilas, que vão ser transportados para o oceano, em cujo fundo acabarao por se depositar pela fusao dos icebergs (sedimentos glacio-marinhos).
Vastas áreas desérticas peri-glaciárias,