giro
Suponhamos que você seja um empresário ou um executivo financeiro e que esteja interessado no lançamento de um novo produto por sua empresa. Para saber se tal projeto de investimento é exeqüível, você precisa saber se sua rentabilidade é aceitável. Para tanto se podem usar como critérios de análise a Taxa Interna de Retorno, o Valor Presente Líquido, o Payback simples, deflacionado ou financeiro etc. Suponhamos que você decida utilizar o primeiro desses indicadores, a TIR.
Um exemplo ilustrativo
O Fluxo de Caixa desse Projeto, preparado pelo Departamento de Marketing (estimativa das vendas), pelo de Engenharia (custos de produção) e pelo Financeiro (custos indiretos, impostos etc), poderia ser o seguinte (valores mensais em $ postecipados, constantes com referência à data zero):
FLUXO DE CAIXA SIMPLIFICADO
Calculando-se a TIR chega-se ao valor de 1.40% a/m real (18,16 % a/a), o que reflete uma boa rentabilidade, já que a empresa trabalha com uma taxa real mínima aceitável de 15% a/m. Assim, o projeto tem boa chance de ser implantado.
Obs: Taxa Real é aquela que não contém inflação embutida.
A Teoria e a Prática não se entendem
Entretanto, passados os cinco anos, ao se levantarem os dados históricos (contábeis) referentes a esse projeto, poderão verificar que, embora as receitas, despesas e investimentos tenham oscilado em torno dos valores previstos acima, A RENTABILIDADE DESSE PROJETO EFETIVAMENTE CONSTATADA NA PRÁTICA RESULTOU MENOR QUE OS 18,12% a.a.
A primeira idéia é que se trata de uma exceção. Porém, se a análise for repetida para os demais projetos já implantados, a conclusão será a mesma. Parece que alguma coisa está saindo errada.
Essa constatação não é nada original. Já em 1968, David Hertz, em um artigo da Harvard Business Review, havia mencionado o comentário do Presidente de uma empresa multinacional, com sede nos EUA:
Não posso entender por que