Ginástica
INTRODUÇÃO
Os movimentos precursores e o treinamento tem seus alicerces fundamentados na cultura grega.
Na Grécia o corpo de treinadores cumpunha-se do pedotribo (condutor de exercícios e jogos), do xistarca (treinador de corridas) e do agonistarca (preparador de lutas), que trabalhavam intensamente nos estádios (pistas de 211 metros), nos hipódromos (pistas de 770 metros) e nos gymnasium (edifícios cobertos utilizados nos dias de chuva para treinamento específico) onde transmitiam suas técnicas.
As "palestras" eram ginásios pertencentes a particulares. A planificação desportiva helênica estava fundamentada numa preparação geral, compreendendo um misto de corridas, marchas, jogos, lutas, danças e numa preparação específica, onde os atletas trabalhavam com resistências adicionais (sobre-cargas), utilizando sacos de areia, pesos, fardos e pedras em forma de halteres. O treinamento obedecia rotinas cíclicas de quatro dias, chamadas tetras, que eram repetidas indefinidamente em toda a vida do atleta. Sem dúvida os gregos já aplicavam o "treinamento total" há quase 2.800 anos. A carga de treinamento era sempre forte, caracterizando-se por uma superação psicológica. Casos de morte entre atletas eram comuns, e toda atividade física estava dividida em três partes: aquecimento, treinamento específico - onde preponderava a preparação física - e volta à calma. Os atletas gregos cercavam-se do auxílio da medicina no preparo físico, prevendo também o equilíbrio alimentar. Platão já ressaltava o valor da carne magra para determinadas atividades, além da prática da massagem, semelhante aos nossos dias.
Do iluminismo dos jogos olímpicos entre os povos helênicos de 776 ªC. até 394 da era cristã, a arte do treinamento desportivo ofuscou-se com a conquista da Grécia pelos romanos e com o surgimento do cristianismo. Este apregoava a renúncia da posse material e relegava a um plano secundário a preparação corporal. Desapareceu o ideal grego mens sana