Gilberto freyre
Afirmava que o sistema escravista gerou profundas desigualdades sociais entre a maior parte da população, constituída por negros e seus descendentes, e os europeus e seus descendentes, sendo o principal responsável por essas mazelas. Além disso, este sistema criou uma concentração latifundiária, que provoca entraves para um sistema econômico mais dinâmico. Assim, analisa que as condições impostas ao negro, trabalho escravo, abafaram nele muitas de suas melhores tendências criadoras, fazendo acentuarem-se outras, artificiais e até mórbidas. Portanto, observa que as circunstâncias culturais e econômicas nas quais se deram o contato do negro com o branco, tornaram-no agentes patogênicos, mas a serviço do branco.
Expondo sua obra 1933, revoluciona o pensamento social sobre o Brasil, e, ainda que recebendo várias críticas, tanto na sua forma de expor suas idéias, relacionada a uma escrita “chula e obscena”, quanto na sua forma de pensar o Brasil, influenciou, posteriormente, outros grandes escritores brasileiros.
No plano cultural e de influência na formação social do Brasil, Gilberto Freyre, identifica no negro uma superioridade em relação ao indígena e até mesmo ao português, em vários aspectos da cultura social e moral, principalmente da técnica e da artística. Não obstante, por meio da antropologia cultural e da história social africana busca indicar que o Brasil parece ter sido beneficiado com um elemento melhor da colonização africana do que em outros países da América. Ou seja, observa que há diferenças entre os negros africanos, o que impossibilita um olhar sobre