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342 palavras 2 páginas
“Meritocracia” tende a ser mencionada em um tom de aprovação hoje em dia. Sua ascendência é vista como uma medida de progresso. No passado sombrio, os tolos herdeiros da aristocracia herdavam assentos em gabinetes e no conselho de administração de grandes empresas. Hoje em dia, as pessoas conquistam o sucesso através de sua inteligência e trabalho duro.
No entanto, o homem que inventou a palavra a concebeu como um termo pejorativo. Em “A Ascenção da Meritocracia”, publicado em 1958, Michael Young, sociólogo britânico e ativista do partido trabalhista, pintou um retrato futurista de uma Grã-Bretanha, onde uma elite baseada em classes foi substituída por uma hierarquia de talento. A democracia não era necessária. Crianças inteligentes eram direcionadas a escolas especiais e inundadas com recursos. O grupo dos sem talentos, frustados, acabavam por se revoltar.
O mundo está começando a se parecer um pouco com a visão do pesadelo de Young. O 1% mais rico viram suas rendas dispararem devido ao valor que uma economia globalizada de alta tecnologia atribui a pessoas inteligentes. Um aristocracia que desperdiçava seus recursos em “vinhos, mulheres e músicas” foi substituída por uma elite educada em faculdade de administração de elite cujos membros se casam entre si e gastam seus fundos de modo inteligente em aulas de mandarim e assinaturas da Economist para seus filhos.
Evidentemente, é bom que o dinheiro flua rumo ao talento, em vez de ser conquistado devido ao poder de contatos, e que pessoas invistam na educação de seus filhos. No entanto, os ricos inteligentes estão se transformando em uma elite encastelada. Este fenômeno – chamemo-lo de o paradoxo da meritocracia virtuosa – ameaça a igualdade de oportunidades.
Evidentemente, é bom que o dinheiro flua rumo ao talento, em vez de ser conquistado devido ao poder de contatos, e que pessoas invistam na educação de seus filhos. No entanto, os ricos inteligentes estão se transformando em uma elite encastelada. Este

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