Getúlio Vargas e os Trabalhadores
Quem era Vargas?
Getúlio Vargas nasceu em 19 de abril de 1883 em São Borja, Rio Grande do Sul – um estado onde os ódios partidários perpetuavam-se através de gerações.
Sua família, tradicionalmente oposicionista, era federalista (ou maragata), mas seu pai aderiu ao Partido Republicano Rio-Grandense, batendo-se contra seus parentes na guerra civil de 1893-95.
Seguindo os passos paternos, Vargas fez sua carreira entre os republicanos, à sombra do legendário líder Borges de Medeiros.
Dentro da violência que predominava na política gaúcha, ele demonstrou ser conciliador e pragmático.
Foi essa característica que lhe possibilitou unir todos os conterrâneos no apoio a seu nome para a Presidência da República, em 1929, dentro da Aliança Liberal, que se opunha à candidatura de Júlio Prestes – político paulista imposto ao País pelo presidente Washington Luís.
Vitoriosa a Revolução de 1930, que impediu a posse de Júlio Prestes na Presidência, Vargas assumiu o poder com o respaldo das Forças Armadas e dos novos políticos que o acompanharam ou a ele aderiram.
O que ele pretendia?
Industrializar o Brasil com apoio político e financiamento norte-americanos sem perder a soberania nacional.
Esse paradoxo caracterizou o projeto nacional do Estado Novo, entre 1937 e 1945. Para piorar Getúlio oscilava entre o desenvolvimento autônomo ou integrado ao capital estrangeiro, também se movia como um pêndulo entre a simpatia aos regimes autoritários da Itália e da Alemanha e a prosperidade econômica anunciada pelos empréstimos que provinham dos EUA.
Apesar disto, tentou como nenhum outro presidente, criar um parque industrial brasileiro.
Seu governo intervinha ferozmente na economia, de mãos dadas com o Keynesianismo.
Criou em 1939 o Departamento de Imprensa e Propaganda, que tinha como pretensão divulgar sua política populista, além de controlar e orientar quaisquer menções ao mesmo, fosse na literatura, no teatro, no