GETULIO VARGAS
- Chimango foi um nome dado, retroativamente, aos republicanos que assumiram o controle do estado do Rio Grande do Sul com a ascensão de Júlio Prates de Castilhos, em 1890, se mantendo no poder sozinhos até 1928. Na época, foram chamados de pica-paus.
Seus ideais inspiravam-se na doutrina política positivista, e previam a instauração de um estado “científico”, em a classe burocrática (escolhida segundo critérios profissionais) mantinha-se acima dos interesses da classe dominante na economia, em particular os grandes estancieiros da região da fronteira e do extremo sul (que eram seus opositores).
O apoio principal dos chimangos vinha da classe média urbana, dos criadores das regiões “novas” (Missões) e, posteriormente, dos descendentes de imigrantes europeus. Usavam, como sinal distintivo, o lenço branco.
O positivismo republicano entrou em declínio rapidamente quando Borges de Medeiros (herdeiro de Castilhos em 1898) cedeu o governo estadual a Getúlio Vargas, que buscou uma conciliação com seus rivais históricos, visando a conquista do poder em 1930 (inicialmente pelo voto, depois pelas armas).
- Já os maragatos foram um nome dado (por alusão a Maragateria, uma região da Espanha que influenciou a cultura do interior do Uruguai) aos opositores do governo positivista de Castilhos, e tinham seu reduto na fronteira com o Uruguai, que também serviu como base de refúgio para suas operações durante a revolução de 1893-95.
Na época, chamaram a si mesmos de federalistas (embora fossem menos favoráveis à autonomia dos estados do que seus rivais castilhistas), e representavam aspirações heterogêneas.
A maioria deles eram remanescentes dos liberais históricos do final do Império (Silveira Martins, Silva Tavares), outros eram republicanos decepcionados com o autoritarismo de Castilhos (como Assis Brasil) e alguns eram ex-monarquistas conservadores cuja conversão à ideia da República era vista por demais duvidosa.
Por isso não