Getúlio vargas e sua era
Sempre houve oposição à ditadura. Mas o controle do governo sobre a sociedade era muito forte, perseguindo e prendendo quem era contra. Com toda a repressão existente, a oposição quase não podia se manifestar. Uma das primeiras manifestações claras a favor da redemocratização do país foi o chamado Manifesto dos Mineiros, lançado em 1943 por políticos de Minas, do qual surgiu a União Democrática Nacional (UDN), partido de oposição a Getúlio.
Já em 1945, em São Paulo, o I Congresso Brasileiro de escritores defendeu a posição de que a cultura só poderia existir num clima de liberdade, sendo portanto necessário o fim da ditadura. No mesmo ano, José Américo de Almeida (homem de confiança de Getúlio que, em 1937, fora candidato a presidente) deu uma entrevista contra o Estado Novo que teve muita repercussão.
A população, principalmente os estudantes e os trabalhadores, sempre que podia se manifestava a favor da redemocratização. Foi o que aconteceu com a volta dos soldados brasileiros que lutaram na Itália. Na festa da vitória, muitas faixas apareceram nas manifestações, pedindo democracia, Constituinte e anistia para os presos políticos.
Diante das pressões, Getúlio Vargas convocou eleições para dezembro de 1945. Além disso, concedeu anistia aos presos políticos e deu liberdade para a organização dos partidos que pretendessem participar das eleições. Mas, ao mesmo tempo, estimulou seus partidários a realizarem manifestações públicas favoráveis a sua continuação no poder. Nessas manifestações a palavra de ordem era "Queremos Getúlio". Por isso, o movimento foi chamado de Queremismo.
O ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra, que era um dos candidatos à Presidência, ficou preocupado. E se Getúlio continuasse? Iam por água abaixo suas pretensões de ser presidente do Brasil. Mais do que depressa, conversou com seus colegas militares e juntos decidiram dar um basta àquela situação. Em outubro de 1945 forçaram Getúlio a deixar a