GESTÃO
O. Mark Marcussen
A cultura tanto pode ajudar como atrapalhar a mudança.
Está aberta a temporada de caça à cultura, enquanto as críticas se concentram nos escândalos, na ganância, na fraude e na arrogância nos escalões superiores. Embora seja afetada por todos esses comportamentos visíveis, cultura é muito mais do que isso.
Fusões, globalização, nova tecnologia e outros esforços para melhorar a competitividade freqüentemente não alcançam os benefícios esperados devido a expectativas pouco realistas, a falta de apoio sustentável ou excesso de resistência à mudança. Na vida real, as prioridades administrativas estão desordenadas, e é normal haver resistência.
A cultura está no centro de todas as respostas. Quer se trate de estratégia, estrutura ou processo, a cultura pode ser, para a mudança, um amigo solícito ou um adversário devastador.
A Propósito: O que é Cultura?
Quando observamos as organizações, conseguimos identificar facilmente as características da cultura pelo modo como os empregados se comportam e se referem ao trabalho e à empresa.
Elementos institucionais. A cultura contém quatro componentes que focalizam a pessoa, que é quem “faz” (mas a organização “faz acontecer”). Valores e ética são a base. Estão ligados às convicções fundamentais. Os valores determinam quem somos e o que isso significa. A ética se concentra no que não fazer. Valores e ética levam a tradições que, por sua vez, levam a atitudes que formam o comportamento. Não especificam procedimentos ou métodos, mas orientam “o modo como fazemos as coisas”.
Hoje, conhecimento e informação tanto podem ser ferramentas como armas. Em empresas progressistas, ambos são amplamente compartilhados. Quanto mais o trabalho é controlado pelo próprio empregado e executado em equipe, essas equipes passam a controlar não somente os resultados que alcançam, como o próprio desempenho. Para isso, precisam de acesso a informações financeiras, pessoais, técnicas e operacionais.