Gestão e sistemas de informação
RESUMO
Em qualquer tipo de actividade, evento ou observação realizada pelo Ser Humano, existem sempre dois aspectos estruturantes: desenvolvem-se invariavelmente num tempo e espaço determinado. Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) oferecem extraordinárias possibilidades para explorar e «materializar» acontecimentos e situações que se desenvolvem num dado tempo sobre um palco que é, por excelência, dinâmico, real, e determinante para o crescimento das organizações. Fala-se evidentemente da análise e exploração territorial de fenómenos que, até há muito pouco tempo, eram apenas estudados de uma forma abstracta e superficial. Mesmo no simples dia a dia, um cidadão comum pode comprovar que a interacção entre pessoas, serviços e produtos tem uma relação causa/efeito com a dimensão espacial. Ou será por acaso, que nas traseiras de grandes centros de escritórios existem quase sempre stands de carros de luxo usados, que a maioria dos indivíduos compra o seu jornal diário próximo do seu local de trabalho, e que quando nos deslocamos para uma instituição financeira existe quase sempre um concorrente próximo? Não existirá um raciocínio espacial por detrás de tudo isto? Infelizmente, em Portugal a dimensão espacial poderá ser relegada para segundo plano em relação a questões como preço e publicidade. Sem querer menosprezar a importância destes factores, muitas vezes o sucesso ou insucesso de um negócio depende do contexto geográfico. Um certo estabelecimento até pode comercializar o melhor produto e ao melhor preço, mas se a concorrência tiver a rede optimizada com o padrão espacial do consumidor, então tem maiores probabilidades de rendimento. A análise de mercado, a prospecção de consumidores potenciais, a coordenação de uma campanha publicitária, a monitorização de uma rede de lojas (tendo em conta a sua área de mercado potencial), a localização óptima de uma actividade (tendo em conta actuais e