Gestão por Competências
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2 - Sobre Competências
A discussão sobre competências tem crescido nos últimos anos nas empresas, nas escolas e na sociedade de maneira geral. Conforme Deluiz (2001), o debate a respeito do conceito de competências passa pelo seu entendimento no campo da educação, surgindo no bojo das discussões sobre o sistema educacional frente às exigências de competitividade, produtividade e inovação do sistema produtivo.
O conceito de competência no contexto organizacional começou a ser elaborado sob a perspectiva do indivíduo. McClelland (1973), publicou o artigo: Testing for
Competence rather than Intelligence que, de certa forma, iniciou o debate sobre competência entre os psicólogos e administradores nos Estados Unidos. A competência, segundo este autor, é uma característica subjacente a uma pessoa que pode ser relacionada com desempenho superior na realização de uma tarefa ou em determinada situação.
Ele diferenciava, assim, competência da tríade aptidões/habilidades/conhecimentos.
De aptidões, porque estas seriam um talento natural das pessoas, que podem vir a ser aprimoradas. De habilidades, porque estas seriam a demonstração de um talento particular na prática, e de conhecimentos, porque representam o que a pessoa precisa saber para desempenhar uma tarefa.
Há também a afirmação de que o sentido da palavra competência tem a sua origem associada às mudanças ocorridas a partir da década de 80, que levaram ao aumento da complexidade do trabalho e à necessidade crescente de se lidar com as contingências. Para Ducci (1996), o conceito de competência refere-se à capacidade de enfrentamento e de resolução de problemas com sucesso em situações de incerteza na vida do trabalho, sendo que é justamente essa imprevisibilidade que faz a diferença entre os conceitos de competência e qualificação. Para essa autora, o termo competência pode ser então assim definido: “a capacidade produtiva de um indivíduo, medida e