Gestão Financeira
Com a percepção desta supervalorização dos bens intangíveis, as empresas buscam alternativas para, não só serem valorizadas de acordo com estes bens, mas também para poderem contabilizar estes itens em seus balanços patrimoniais e, assim, torna-los o mais condizente possível com o seu valor mercadológico.
Tais alternativas buscam diminuir a discrepância entre o valor acionário da empresa e o valor dos seus ativos.
Conforme verificamos no artigo estudado, a empresa não vale pelo patrimônio que está registrado em seu balanço, mas sim pelo o que o mercado acredita que ela pode gerar de lucro no futuro. Em contrapartida, segundo o professor Eliseu Martins, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA), “a contabilidade é fantástica para medir o lucro que aconteceu, mas extremamente pobre para medir lucro futuro”.
Este é o grande desafio da contabilidade tradicional aplicada às empresas que se baseiam nos bens intangíveis. Ou seja, de que maneira é possível registrar no balanço os itens que teoricamente não existem contabilmente, mas que possuem grande valor de mercado? E como valorizar o intangível, zelando pelos preceitos éticos?
Neste contexto, surge o conceito do goodwill, que nada mais é que o reflexo do valor intangível de uma empresa que se consubstancia, por exemplo, no valor da sua marca, na sua carteira de clientes, nos seus recursos humanos, etc. Uma empresa que tenha um Capital Próprio (valor patrimonial) reduzido, mas que tenha, por exemplo, uma carteira de clientes muito vasta, ou