Gestão estratégica nas ies: possibilidades e limitações
Introdução
A educação superior vive um período de grandes desafios. Cresce o aumento da competitividade entre as instituições, e as competências dos egressos são criticadas, assim como é questionada a validade do diploma universitário. Questiona-se a eficiência das instituições e a qualidade da educação, a relevância das relações com o setor produtivo e com a sociedade em geral. Segundo Eyng e Gisi (2007), “A gestão das instituições educacionais é conhecida por sua natureza amadora, pela improviação e pelo uso de abordagens ... não compatíveis com a realidade complexa ... das escolas.”
O momento pede mudanças, o Estado já está presente por meio de políticas que exigem maior transparência na gestão e de maior prestação de contas à sociedade, e o setor privado está crescendo e se fazendo cada vez mais presente no ramo da educação superior, o que tem contribuído para a disseminação de modelos e práticas gerenciais nas instituições.
Um olhar para o contexto competitivo da educação superior faz-se necessário, assim como os gestores universitários devem desenvolver suas estratégias e buscar novas abordagens para superar os desafios que se antepõem às suas instituições. Faz-se também premente mudar sua estrutura, reexaminar seus produtos, diversificar a forma de prestação de serviços educacionais, e sua capacidade de responder às diversas demandas da sociedade.
As Instituições de Ensino Superior em sua complexidade
Porque as IES chegaram a este ponto? Para tal, precisa-se entender a natureza da IES e nela se contextualizar a posição dos gestores.
Segundo Eyng e Gisi (2007), a IES devido a sua natureza complexa, tem pouca flexibilidade em mudar e atender às demandas externas nos dias atuais. Um exemplo é a dificuldade de adequação e implementação de novas tecnologias e a manutenção da aplicação de uma pedagogia ultrapassada.
Como organização também, a IES é um órgão complexo visto que lida com