Gestão Democrática: Prática x Teoria
Juliana Nascimento da Silva1
Resumo
É comum na contemporaneidade encontrar instituições que se apropriam do termo “Gestão democrática”. Tem orgulho de utilizar essa expressão, mas na realidade a prática é outra. São aspectos simples, e involuntários que trazem à tona as características de uma gestão tradicional. Esse tipo de atitude acarreta sérios problemas para as instituições, que acabam perdendo sua própria identidade. Palavra chave: Gestão Democrática; Gestão tradicional; Instituição
Neste artigo procuro refletir sobre as instituições que de maneira formal mostram que exercem uma gestão democrática, mas na prática a realidade é outra, ainda estão totalmente vinculados ao regime da gestão tradicional.
As escolas pelo que observamos raramente são pautadas pelos princípios de que deva ser governada por interesses dos que estão envolvidos. É notório e comum na maioria das instituições, que têm como rótulo uma gestão democrática, características de uma gestão tradicional. A participação é muitas vezes limitada, e puramente formal, a estrutura técnica se sobrepõe aos indivíduos envolvidos e o poder e a autoridade se instalam de maneira sutil, com obediência dentro de uma perspectiva clássica de administração que repudia a participação, o compartilhar de ideias, a liberdade para expressar-se, a deliberação de decisões.
Nota-se com frequência que esta suposta “gestão”, se mascara como sendo democrática, mas acaba atendendo de forma a não priorizar princípios básicos democráticos, o que leva em evidência a massificação dos indivíduos envolvidos, afastando não só o caráter da coletividade como também o diálogo e o processo decisório.
Para que haja uma compreensão e uma diferenciação entre gestão democrática e gestão tradicional, veremos a seguir alguns elementos básicos que mostram com clareza o quanto as duas são distintas.
• Gestão Democrática
O fato de que a gestão democrática é determinada por lei não