Gestão de mudanças: a sua influencia sobre o clima organizacional e nivel de produtividade.
Gestão de mudanças
Nasario de S. Filipe Duarte Junior (São Paulo – SP)
Resumo: Este artigo pretende discutir a questão de mudanças organizacionais planejadas, e fornecer orientações válidas. As mudanças são inevitáveis e fazem parte da vida. Já dizia Heráclito por volta do ano 500 a.C. “Não se pode pisar o mesmo rio duas vezes”, referindo-se ao fato que a água, ao correr, modifica o próprio rio. Se for certo que não se pode evitar as mudanças, podemos ao menos tentar nos adaptar a ela, mudando conjuntamente ou antecipadamente. Esta adaptação, para ser bem sucedida, requer certo nível de gerenciamento, de maneira a evitar ou minimizar os problemas reais ou potenciais destas mudanças (acidentes, reclamações de clientes, desgastes entre pessoas da organização, retrabalhos, inércia, não conformidades etc.). Mas o que é mesmo mudança? Mudar é sinônimo de transformação ou deslocamento. Numa organização, a mudança de condições de trabalho (máquinas, métodos, meioambiente, matéria-prima, mão-de-obra, meio de medição, molde/ferramenta, etc.), mesmo que esta mudança seja um simples deslocamento ou rearranjo de coisas, transforma esta mesma organização, como o correr da água modifica o rio de Hieráclito, mesmo que seja em uma pequena parte dela. Esta transformação faz modificar o equilíbrio dinâmico que a organização mantém com seu meio-ambiente (clientes, fornecedores, concorrentes, entre outros), pela Teoria da Complexidade, para que a organização retome um novo equilíbrio e não se desvie para o caos, deverá haver um “atrator”, ou seja, um fator (ex.: uma liderança, objetivos claros, procedimentos etc.), para o qual a organização volte a “orbitar”. A mudança portanto envolve riscos. Para entender um pouco melhor o processo de mudança, é necessário classificar os tipos de mudança, em função de sua duração, significância, evolução e origem. O