gestão das organizações
Decorridos alguns meses desde a saída do anterior responsável (que se aposentara), o eng.º Álvaro Cardoso foi escolhido, em meados de 1990, para supervisionar o Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Metalomecânica Nova Europa, uma empresa de média dimensão nos arredores de Lisboa.
Nessa altura, o dr. Rocha Pereira – o administrador que tomou a decisão – explicou que o departamento precisava de ter à sua frente um “homem da produção”. Cardoso tinha tido um cargo de responsabilidade na área da produção e tinha forte reputação de conseguir obter trabalho feito. De acordo com o dr. Rocha Pereira, o eng.º Cardoso era uma pessoa bem organizada e era conhecido por solucionar os problemas antes de eles chegarem aos gestores de nível superior. Álvaro Cardoso, entretanto, tinha conhecimento de que nenhum dos engenheiros que trabalhavam no departamento mostrou interesse em candidatar-se àquele lugar de chefia e que a opção por uma pessoa da produção constituía uma segunda escolha. Mal iniciou as suas novas funções, Cardoso ficou muito surpreendido pela forma como os técnicos do departamento eram desorganizados. Frequentemente iam trabalhar já perto das 10 horas, outras vezes saíam às 16h – embora muitas vezes levassem trabalho para casa - , e Cardoso decidiu insistir que todos tinham de cumprir um horário regular. No dia seguinte, pela manhã, reuniu com eles e informou-os de que tinham de trabalhar o número de horas previsto – e na empresa. Um dos técnicos argumentou que era impossível ser criativo num regime de horário regular, mas o eng.º Cardoso respondeu-lhe secamente afirmando que estava na hora de aprender a fazê-lo. E foi-lhes dizendo que tencionava analisar com cada um os projectos que tinham em curso e eventualmente ajudá-los no que lhe fosse possível. E tornou bem claro que iria tomar parte activa no sentido de assegurar a máxima eficiência, procurando que cada projecto fosse feito no menor espaço de tempo possível. No dia