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Uma semana antes de gravar O que me importa com Adriana, Cury recebeu um telefonema de um cara se identificando como Tim Maia. Disse que estava telefonando da casa de Adriana e que naquele momento queria conhecer o autor da música. Cury achou que era trote e desligou. Adriana ligou em seguida e confirmou a história. Na casa de Adriana, Tim Maia disse que também queria gravar a música, mas iria esperar. – Não quero prejudicar a Adriana. Primeiro ela grava, e você vai ganhar o prêmio de melhor música. E aí então eu gravarei – teria dito Tim Maia a Cury. A música, gravada com o acompanhamento de uma orquestra e o coro dos Diagonais, estourou em todas as rádios e, confirmando a profecia de Tim Maia, no final de 1972 ganhou o prêmio de melhor música do sistema Globo de rádio e TV.
Em fevereiro de 1973, Tim Maia finalmente gravou O que me importa em disco lançado pela Polydor. Embora no estúdio houvesse um produtor indicado pela gravadora, o cantor solicitou a Cury que o produzisse e orientasse na gravação dessa faixa, com relação a arranjo e interpretação. Cury pediu-lhe que fizesse um arranjo simples, e que não soltasse o vozeirão, como fazia normalmente.
Tim havia sido abandonado por uma namorada e viu sua história de amor depurada na letra da música. “O que me importa/ Essa tristeza em seu olhar/ Se o meu olhar/ Tem mais tristezas pra chorar/ Que o seu”. A versão de Tim Maia é primorosa. Cury e Tim Maia ficaram amigos. O compositor ajudou a