Introdução Durante o século XIX e até o início do século XX, a Psicologia havia se consolidado como um ramo da Filosofia, e limitava-se a estudar tanto o comportamento como as emoções e a percepção. Nessa época, os estudos sobre a percepção humana da forma tinham em comum a análise atomista, ou seja, que procurava o conjunto a partir de seus elementos. Sob esse ponto de vista, o homem tenderia a perceber uma imagem somente através de suas partes componentes, compreendendo-as por associações de experiências passadas (associacionismo). Em torno de 1912, na mesma época em que o Behaviorismo estava em ascensão nos Estados Unidos, aparecia na Alemanha a Psicologia de Gestalt. Gestalt é uma palavra alemã intraduzível literalmente, mas que possui um significado de “forma” ou “configuração”, e foi usada para se referir à abordagem promovida por Max Wertheimer, Kurt Koffka e Wolfgang Köhler. A teoria de Gestalt trabalha com dois conceitos: supersoma e transponibilidade. De acordo com a teoria gestáltica, não se pode ter conhecimento do "todo" por meio de suas partes, pois o todo é maior que a soma de suas partes; que os conjuntos possuem leis próprias e estas regem seus elementos (e não o contrário, como se pensava antes); e que só através da percepção da totalidade é que o cérebro pode de fato perceber, decodificar e assimilar uma imagem ou um conceito. Os psicólogos da Gestalt estavam interessados na percepção do movimento, em como as pessoas avaliam o tamanho e na aparência das cores com diferente iluminação. Estes interesses os levaram a diversas interpretações centradas na percepção da aprendizagem, da memória e da resolução de problemas que ajudaram a estabelecer as bases para a atual pesquisa em Psicologia Cognitiva.
Leis Gestaltistas da Organização Para se fazer uma análise sintática de uma imagem, é preciso, necessariamente, identificar os principais elementos da composição e tratar a imagem não como a semiótica, que faz a