Germinal

Germinal
Adaptação do romance de Émile Édouard Charles Antoine Zola
O filme mostra de forma bem real e verdadeira a vida dos mineiros de carvão na França do século XIX. Podemos perceber todos os aspectos do momento vivido; o contexto social, histórico, econômico e cultural.
No início do filme um homem (Etienne Lantier) procura emprego na mina de carvão, principal cenário da história, e encontra um senhor que trabalhou na mina desde os oito anos de idade. As marcas que o trabalho lhe deixou são visíveis, ele tosse constantemente e expele carvão pela boca. Gerard D’epardieu, pai do senhor, lhe consegue um emprego, substituindo um empregado que morreu.
A pobreza do povo é evidente. Toda a família trabalha, desde as crianças até os idosos. Falta comida e a água faz mal por não ser devidamente armazenada. Quando um membro da família morre, a maior preocupação é com a falta que irá fazer seu salário.
O trabalho na mina é difícil. Os empregados levantam antes do amanhecer, trabalham em condições sub-humanas e ainda sofrem multas por não escorarem a mina corretamente, apesar de não serem pagos pra isso, mais um perigo para suas vidas. As mulheres, desesperadas com a situação dos filhos, são obrigadas a suplicar a um comerciante um pouco de comida. Endividadas e sem crédito, cedem seu próprio corpo ou até mesmo o de suas filhas em troca de alimento.
Ao mesmo tempo, o filme mostra a vida do dono da companhia. A desigualdade é evidente. Sua família está rodeada de boa comida e eles falam do noivado da filha como se fosse um negócio.
Voltando aos operários, Etienne começa a estimular os outros a criarem um fundo que os deixaria apoiados. Eles tentam falar com o diretor geral da mina mas não obtêm sucesso e assim é iniciada a greve. O fundo é pouco e todos passam necessidade. O tempo passa e nada é resolvido, a situação piora e os grevistas passam a saquear os comércios, além de destruírem as minas que existem na região, impedindo os que não aderiram de trabalhar. As